Tudo é tão pouco
E tampouco tudo é algo
E por tão pouco tudo entrego
E de tudo um pouco sinto falta
Mesmo estando pouco atento
Em momentos que me ausento
Aquele pouco me acalma
Tudo é tão vago
E decerto tudo é triste
E se por mais nada a vida insiste
Entrego os pontos e me calo
E mesmo estando em ponto de partir
Sei que em momentos há de vir
Aquele ponto que me acalma
Tudo é tão pobre
E dos mais pobres sou mendigo
E dos mendigos o mais faminto
E dos famintos o mais fraco
E dos mais fracos o mais sofrido
Peço aquele pouco e mais nada
Tudo é tão falho
Tudo é tão inacabado
Tudo é tão vazio
Em mim
Que chego ao ponto que me acabo
Abro mão do que vivi
E de tudo o que cri
E eis que chego ao ponto
Que de pronto vê-se o fim
Desse pranto amargurado
Chego ao ponto que confio em Ti
Deus,
Tudo em mim é falho
Tudo em mim é nada
Deus,
Tudo a Ti!
Esse poema é espetacular. Do tipo que mais gosto, com uma série de jogo de palavras, com sentidos surgindo aos montes, cheios de verdadeira emoção.
ResponderExcluirParabéns!