O poeta nasce e vive para o sofrimento
Na maternidade o primeiro choro é da dor que dá
Por ser quem é
E sofre.
O choro dele é mais longo e sofrido
Faz também longa e sofrida a noite dos pais,
Pois tem mais drama pra sentir
E compartilhar
Sua vida será de encantamento
De flagelo em sentimento
De paixão talhada em pedra
Ou amor ficcional
Para o poeta, a noite é aflição
Começa no berço o prantear
Enquanto o mundo - dorme.
Ele - sofre.
Sim, nasce-se poeta
Sua cruz eterna é ser quem é
Ele pode dar voltas
Ignorar seu penar
Mas sempre volta à noite lagrimar
Sofre por amar
Por não amar
Por ser amado
Por não ser amado
Por querer
Por não querer
Por sentir
Por não sentir
E é assim a cruz de quem nasce para o martírio de ser quem é
Ser poeta
E sofre.
Caaaara, cada texto melhor que o outro. Gostei bastande desse pois me identifico, ser poeta é realmente carregar uma cruz que não tem forma, mas pesa.
ResponderExcluirParabéns! ;)