terça-feira, 7 de junho de 2011

Naquele dia

Que alegria foi te ver
Mesmo sendo doloroso.
Ainda que tudo tenha sido mutilador.
Ainda que eu não seja mais nada pra você.
Ainda assim. Foi uma alegria te ver.
E como é bom e faz um bem o teu sorriso.
Ainda que ele não seja mais meu.
Ainda que ele nunca tenha sido meu. E nunca venha a ser.
Ainda assim. É como poder degustar tudo o que de formidável tu me deu.
Nossa! Como foi agradável te ver.
Imensurável sensação de retorno a tudo o que de ideal fiz pra nós.
Mesmo sendo enganoso.
Ainda que tudo tenha sido nada pra ti.
Ainda assim. Eu tive tudo nos minutos que te vi.
Senti tanto.
Frenéticos impulsos de alegria.
Torturantes ardores de desejo.
Massacrantes golpes e açoites por não ter mais história contigo.
E mesmo sendo isso uma grande confusão.
Ainda que entorpecido.
Ainda que perturbador tenha sido.
Ainda assim. Foi a mais pura felicidade te ver.
Sublime e inteira e completa e viva e encarnada e genuína e palpável e física
e verdeira felicidade foi te ver naquele dia.
Ah, não. Foi mais do que isso tudo.
Foi tudo.
Ainda que tudo não diga o quanto tenha sido.
Ainda que lembrar me faça penar horas antes de dormir e até nos sonhos.
Ainda que ao acordar nada mude.
Ainda assim. Foi a mais fina das delícias ter te visto aquele dia.
Gera sorriso em mim.
Gera vontade de viver.
E gera gratidão, acima de tudo.
Te ver, te contemplar é a confirmação das obras de Deus.
E mais, tu és a própria confirmação da existência d´Ele.
Pois não há criatura que louve mais ao Pai, do que tu, moça.
A tua beleza canta as obras de Deus.
Todos os desenhos e traços do teu corpo revelam a divindade.
Glória à Deus nas Alturas!
Louvo o dia em que te vi, feitura das mãos de Deus.
Fôrma única.
Ainda que te ver tenha sido mortal pra mim.
Ainda que te ver tenha sido o umbral, a bifurcação céu-inferno.
Ainda assim. Como foi maravilhoso te ver naquele dia.
Ainda assim. Espero pela próxima oportunidade.
E quero tudo isso, moça. Nem penso em novidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário