Passa-se o tempo
E nós decompomos
E morremos
Por vezes aos poucos
Muito mais que lentamente
E eis que cruelmente
E muito mais
Mas muito mais que lentamente
Vem a degeneração do ser
O atrofiamento da vida
A desnutrição da alma
A inanição do espírito
A fragilização das reações
A impotência do querer
A perda da luz que existia
A distância da beleza da infância
A pouca vontade
E as imensas mentiras
E um corpo
À definhar
E entregar-se
E a infelicidade
O verme maior dos vivos
Parasitária
Se alimenta
E cresce
Cresce
Até que mortifica
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