Veja! Ali! Aquelas!
São de belezas tão modestas.
São de modos acanhados.
De pequenos risos.
Andam juntas porque sozinhas são mais frágeis.
E aquelas! Bem ao lado do morro.
Se excluem. Se isolam.
E nisso está toda a beleza.
Aquele pedaço é todo delas.
E aqui. Essas, com seus corpos celestiais
Formam linhas que fazem a imaginação delirar.
O céu.
Acolá, aquelas parecem chorar.
Minguando.
Parecem lamentar não ser Dalva.
Dalva é linda. Toda linda.
Toda entregue. Radiante.
Beleza ofuscante.
Dalva é esplendor.
Desejada.
Também a quero.
Como todos querem.
Quero dormir com ela.
Ao sul, Solene.
A cruz, o Cruzeiro.
Sou como devoto.
E de tanto olhar. E cobiçar. Faço o sinal da cruz.
Deus, que me afaste do pecado.
São tantas.
Quero todas.
Em minhas mãos.
Nuas.
Minhas.
Fito os olhos nelas.
Quero-as todas.
Quero todas e cada uma.
Quero-as para te dar.
Todas elas.
Do céu. As estrelas.
Esse poema me lembrou muito Vinicius... ;)
ResponderExcluirLindíssimo e instigante. Parabéns!
Ôoooo, sensacional. Não sabia q tu escrevias poemas também. Gostei bastante do estilo e do texto em si.
ResponderExcluirJá salvei nos favoritos, lerei com calma os demais textos.
Abs e valeu pela consideração.