terça-feira, 14 de agosto de 2012

O epílogo introdutório do início do fim


Finda a noite dessa nossa vida
Finda a tarde em pérolas ao chão
Finda a nossa linha e na estação
O coração que desafina
E no vibrar de um dedilhar em fuga a rima
Na fina corda o violão tão sem canção
E a emoção que tu sentias hoje à mingua
Tão minha a tua dor que esquadrinha

Vem
E posta esse teu corpo em flexão
Em contrição
Dá-me tua mão
Que é tudo em vão
Que é tudo um vão

Finda a poesia dessa nossa coisa
Finda a coisa que sem valor foi-se ao chão
Finda a linha, finda essa canção

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